sábado, 9 de abril de 2011
Bohemian Rhapsody
Meu paraíso é vazio, como uma lufada sem rumo.
Que dobra e se desdobra entre frestas, esparramando-se no chão sujo, levanta poeira.
Do outro lado de meu lago, posso tocar a Lua, mas enquanto estou na superfície mal contento-me com minha realidade.
E são gritos de raiva dentro querendo explodir, a cada voz.
Socos vigorosos, capazes de rasgar meu punho, e nem sentir pela fúria intensa a qual queimo.
Eu queimo de vontade de não viver, e perecer sob esta Lua.
E abraçar meu Paraíso.
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