segunda-feira, 4 de maio de 2009

19 de Abril de 2009.




Falar, sobre como declarar-se...

Muito difícil.

Complexo tentar definir com palavras aquilo que mal pode ser moldado em pensamentos, de tão abstrato, confuso e paranóico.

De tão essencial.

Na verdade, você acaba tornando-se tudo isso a medida que é atraído mais e mais no empuxo de um amor.

Como dizer então?Tentarei descrever minha experiência.

Primeiro se está confuso, nunca quer ao certo confessar a si mesmo o que quer acreditar. Não sabe se copula, ou faz reprodução assexuada. É comum tentar evadir-se desta situação, e afirmar sempre o que vem a mente, não ouvindo o coração.

Mas aí, quando se admite e vê que tal idéia não pode ser manipulada, na verdade acabamos por render-nos à este forte sentimento. De tão obtuso não pode ser palpável, somente sonhado.

Palavras menos difíceis não há.

Para encerrar vem a paranóia, o que falar amanha de manhã? Será que é recíproco? Deveria eu pronunciar alguma coisa? Um mundo de fantasia e memórias trespassa a realidade trazendo dúvida, fome, paixão, amor que consome.

Calma! Estou no meu ápice corpóreo.

Uma prova. É a melhor solução quando se tem algo intangível, ela parece ser concreta sobre amor. Você quer confessar e não consegue. Sente todo corpo reagir em sua presença como se um feromônio afetasse todo sistema invadindo os poros e explodindo as estradas sanguíneas.

Ritmo acelerado, batimentos e percussão anatômica diferenciada.

O cérebro envia a resposta, mas a boca não obedece. Uma troca de expressões é enviada ao corpo. Ola, lá se vai ela novamente, deixarei para amanhã. E depois. E depois... ?

Aprendi com o tempo que o amanhã pode ser nunca, e o nunca o tempo desgasta para um até mais.

Perca tempo, ganhe uma temporada, não perca mais nada e diga.

Eu amo você.

Minha felicidade é compartilhada por todos aqueles que participam disso, sinto tudo com você.

2 comentários:

  1. Zoneibe nunca pensei em ti escrevendo algo assim!!!! gostei ;p

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  2. Qeu fofo!!! E isso me lembrou uma das minhas poesias preferidas do Fernanado Pessoa. Por sinal aproveitei pra ver se ainda lembrava dela por inteiro...fui reprovada no teste e apalei pro titio Google. Enfim aqui está a poesia e o POETA!

    O amor, quando se revela,
    Não se sabe revelar.
    Sabe bem olhar p'ra ela,
    Mas não lhe sabe falar.

    Quem quer dizer o que sente
    Não sabe o que há de *dizer.
    Fala: parece que mente
    Cala: parece esquecer

    Ah, mas se ela adivinhasse,
    Se pudesse ouvir o olhar,
    E se um olhar lhe bastasse
    Pr'a saber que a estão a amar!

    Mas quem sente muito, cala;
    Quem quer dizer quanto sente
    Fica sem alma nem fala,
    Fica só, inteiramente!

    Mas se isto puder contar-lhe
    O que não lhe ouso contar,
    Já não terei que falar-lhe
    Porque lhe estou a falar..

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