E aí você acorda todos os dias, vê o que quer, procura,
observa, acha e senta.
Limpa o sangue dos ferimentos do dia anterior com um trapo
já todo manchado de mais sangue de dias anteriores. Antes branco, agora
escarlate.
Caminha contra o vento, correndo sobre os espinhos,
derramando...
O vento pressionado contra o próprio peito parece querer
empurrar-me de volta. Ainda assim eu insisto, luto, nado no mar de rosas
disfarçadas de vermelho. Banhadas em mim.
Chego no clarão, no jardim. Aberto, bonito, confortante,
amável...
Eu lá fico o dia todo, mas infelizmente tenho que voltar pra
casa, atravessando o mar.
E todos os dias seguem assim...
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