quinta-feira, 26 de julho de 2012
Fucking Bastard
Já fazia mais de uma hora...e ainda podia sentir o fedor em sua perna.
Olhando fixamente para ele, um profundo, escuro, carregado de malícia e desejo.
Ainda assim, tremulo o refém pedia piedade, ele gritava por ajuda, somente as paredes ecoando pareciam responder seu chamado...
Com uma mistura de urina e fezes secas em sua perna, mas isso não o incomodava mais...não...era sua alma...ela sim estava se cagando de medo.
Derrepente começou...um claquejar no fim do corredor.
Seus olhos arregalaram, ela riu em silencio e afastou-se, não queria sujar sua lingerie de sangue...
Cada vez mais rápido o som ecoava...era algo metálico, ou de madeira? Um bastão...sim!
E ele soava mais forte, como se o próprio ódio o arremessasse contra a parede, o refém se recostou sobre a parede atrás e tentava fugir, mas as algemas o limitavam, sua carne dilacerava com os movimentos bruscos e ele tentava puxar-se para fora, a dor não era mais importante.
Não perto do que estava por vir, e ele sabia disso.
Sangue e pele escorriam em seus pulsos, com pernas debatendo, instigantemente o pulsar de seu coração estava em sintonia com os golpes.
Cada vez mais fortes...
Mais próximos...
A morte...era realmente o limite da desparidade humana?
Uma sombra surgiu da escuridão, e sob ela formou-se uma maior, andando em passos lentos, pesados, com uma corrente balançando.
O executor em roupa toda preta carregava um bastão de madeira riscado com símbolos e runas, com sangue seco. Abaixo dela, marcas de chicotes e cicatrizes tatuavam seu espírito. Marcas de prazer, e de dor.
Clamando por vida, por desculpa, por perdão. Promessas vazias esquecidas e feitas em momentos emotivos, sua boca aberta parecia adequada...
Ela ria timidamente com a cena, deixando as mãos sobre a boca somente com o olhar de fora...aquele olhar
Eu podia morrer só de mergulhas neles...e realmente...
Ele olhou para ela, e girou o bastão cortando o ar, com um estrondo do som rompendo-se...ou era a mandíbula do infeliz?
O bastão parecia em câmera lenta arrancar toda lateral esquerda de seu queixo, a pele enrugada lentamente cuspiu um jato de sangue espalhado, a maxila esfarelou no ponto de impacto e pó foi assoprado, agora os hurros pareciam afogados.
Ela gargalhava agora, e batia palmas.
Com o golpe sua cabeça sofreu o impacto e foi projetada. Ele estava quase desmaiado e ainda chegou a ver o executor soltar suas algemas. Ele caiu cara, cuspindo mais sangue, virou-se a tempo de observar uma ultima vez...ela.
Os outros vieram relentemente, incansáveis, viciosamente no peito, no braço, nas costelas, em cada um deles pode-se ouvir ossos trincando, quebrando, tornando-se nada mais que farelos...com os golpes vieram bombas roxas de sangue preso.
E no rosto.
Uma poça de sangue preencheu-se ao redor de seus sapatos, ela levantou os pés quando começaram a espalhar...
Cada vez mais fúria preenchia sua mente, mais rápido e fortemente, libertando-se de sua prisão e pecados, retribuindo cada momento de agonia que passou...Sua dor e pele queimada não agüentavam mais derramar ácido lático sobre os músculos, feitos de chumbo, para ignorar qualquer tortura...
Um olho saltou pendurado por um fio, o crânio foi sofrendo uma espécie de acamamento e achatando-se cada vez mais...o sangue espirrava em seu rosto, na parede, nas pernas dela, com pedaços de cérebro e olhos e orelhas e nariz e cartilagem e saliva.
E ele sorria...
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